Ligo o chuveiro, lavo os meus cabelos,
fecho os olhos. Me pergunto: quem eu sou? Ando consumindo as minhas horas no
trabalho, mas sou o trabalho? Chegou em casa, abraço meus gatos, dou um beijo
no meu amor, e deito na cama. Quem sou eu? Pareço diluída nas coisas que
produzo, uma ONG sendo montada, uma peça teatral sendo produzida, alguns textos
produzidos vertiginosamente, uma cerveja engolida. Alguém me cumprimenta pelo
meu livro, diz que gostou da leitura. Agradeço. Esta sou eu? Escritora? Quem
sou eu nesse turbilhão todo? Eu sou aquela pessoa que mora aqui dentro de mim
ou sou as obras que faço? Pareço que não estou em mim, não me possuo. Devo
estar estressada, eu só gostaria de me conectar comigo mesma, com a minha
verdade. Por que a vida foi ficando assim, passando nessa velocidade doida?
Quero diminuir o ritmo, deixar a minha alma quieta. Quem sabe se eu voltar a
escrever o meu romance volto a ficar calma e completa...
Quem sou eu
- Raquel de Souza
- Sou escritora e uso do artifício de escrever para depurar pensamentos e sonhos. Sou uma leitora apaixonada, curto assistir a filmes e séries e ir ao teatro. Tenho dois livros publicados: "A ilha e a menina" e "Livremente Mara".
quinta-feira, 28 de março de 2013
quarta-feira, 27 de março de 2013
Como escrever um livro?
Como se escrever um livro? Existe alguma resposta? Apesar de até ter cursos com o tema,
escrever é uma coisa particular, que não se ensina, mas se aprende. Cada pessoa
vai ter a sua particularidade. Estou lendo um livro agora de Isabel Allende que
fala que ela acende velas para chamar os espíritos, coloca toda coleção de
livros do Pablo Neruda perto de sua mesa e inicia o seus romances exatamente no
dia 8 de janeiro. Ainda estou nos rudimentos do meu ofício e ainda não criei
esse tipo de ritual para escrever, mas acho importante se apegar a símbolos,
sinais. A arte depende desses amuletos. Ela também fala muito de disciplina, perseverança.
Escrever é um trabalho silencioso.
Nesse mesmo
livro que se chama Paula, Isabel Allende fala que uma vez foi chamada para dar
um curso sobre escrita. Ela então discutiu isso com a sua filha, que, por sua
vez a aconselhou falar para os alunos escreverem um livro ruim. Em algum tempo
apareceram alguns livros escritos. Não eram ruins no final das contas e alguns
alunos daquela época até conseguiram contratos com editoras. Por que começar
com a mentalidade de escrever algo ruim? Por que assim você solta as suas
amarras, fica livre dos seus próprios julgamentos e solta a sua criatividade.
Escrever é um
ato de liberdade!
quinta-feira, 14 de março de 2013
Mais um sucesso do Grupo Teatral Fábula está em cartaz -
A
comédia A Mendiga e o Magnata,
montagem do Grupo Teatral Fábula, será apresentada nos dias 15, 16 e 17 de março, às 20:30 horas no
Teatro Municipal de Alfenas, com
ingressos a preço acessível para que toda a população possa assistir a essa
peça imperdível.
A história gira em torno de um fatídico encontro entre Thomas -
um ricaço - e uma mendiga chamada Severina. O magnata é assaltado por dois
ladrões que levaram todos os seus pertences. Severina tenta ajudar Thomas, mas
ele a esnoba e acaba por ter a sua vida, de uma hora para outra convertida em
estrema pobreza. Desse modo, Thomas
acaba conhecendo um pouco a triste e sofrida vida dessa mendiga, aprendendo com
ela importantes lições de vida.
“A peça fala de um rapaz rico que não se importa com as
dificuldades de uma mendiga. No entanto, quando a vida dele passa por uma
reviravolta, é a mendiga que o ajuda. É uma história que leva ao riso e à
reflexão, considerando que nossa situação não é estável, um dia podemos estar
numa situação de vantagem e no outro estar numa posição ruim.” – diz Lucas
Rodrigues, que atua como o Magnata.
Investimento Cultural – Inteira: 5 reais,
Meia: 3 reais. Venda de ingressos: na portaria do Teatro Municipal de Alfenas
ou com os integrantes do Grupo Teatral Fábula.
Maiores informações:
raquelpiconi@yahoo.com
sexta-feira, 1 de março de 2013
É tempo de dizer adeus à Senhora Fantasma
Fiquei muito
feliz quando vi hoje a reportagem feita pelo Alfenas
Hoje sobre a nossa peça “Pluft, o fantasminha”. Como foi bom fazer essa
peça, como vai ser difícil me desapegar da mãe do Pluft, devolver o figurino,
os acessórios. Vai ser dramático ter que dar adeus a essa personagem que foi
tão bem aceita aos olhares da crítica. Agora é tempo de dizer adeus à Senhora
Fantasma, pelo menos por uns tempos. Outra personagem nasce para uma peça em
abril. Estou passando pela primeira experiência do desapego como atriz. Será
que um dia me acostumo? Duvido...
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