Faz muito tempo que não escrevo nada. Não sei como sairá
este escrito. Pode não sair uma obra-prima, mas um dia precisaria arriscar nas
minhas palavras novamente. Deixo para trás todo o filtro, todos os medos de
cometer clichês e gafes. Deixo para os sabidos a pretensão de escrever textos
de alto nível. Por enquanto, apenas irei escrever. E me vem uma liberdade tão
grande enquanto estou aqui digitando, é como se os grilhões que prendiam a
minha arte se rompessem. Desperta dentro de mim a alegria ancestral, aquela
felicidade primeira que me faz ser uma pessoa agradável aonde quer que esteja. Volto
as minhas origens, meus sonhos antigos, e rememoro como é bom ser eu, como é
maravilhoso estar viva e poder expressar em palavras o meus deslumbres de experimentar,
viver, observar e admirar este mistério incrível que é existir.