Bom dia!
Hoje resolvi inverter um pouco a ordem das minhas tarefas. Tomei meu café da manhã e já vim direto escrever. Tem dias, que mesmo de férias, não arrumo tempo para escrever durante o dia, tantos são os afazeres extras que me arrumo. Está certo que estou dando aulas particulares e com elas não parei. É uma maneira de assentar meus sentidos e me concentrar em ficar mais em casa e escrever o meu livro.
Apesar de ser escritora, não sou uma pessoa caseira. Adoro viajar e contemplar lugares novos. O que é velho me aborrece. No entanto, quando se propõe a escrever, é necessário enfrentar as coisas velhas, a monotonia, a solidão.
De repente, eu olho o dia luminoso da minha janela (o que não é o caso de hoje) e não estou lá para curti-lo e sim sentada numa escrivaninha trabalhando, por livre e espontânea vontade, sem remuneração, e sem garantias de que o escrito sairá bom. Pode ser que o apague depois, embora ache que na escrita, nada é perdido e o que não deu certo serviu de exercício.
Por um acaso o músico não precisa treinar seu instrumento todos os dias? E nem todos os dias o músico compõe uma música nova. E nem todos os dias ele se sai bem. Mas a junção desse treinamento é que faz um músico bom. A mesma coisa se dá com um escritor.
Se escreve, escreve. E nem todos os dias se escreve o que há de melhor. Mas tudo serve como aprendizado e construção. Saramago, por exemplo, só foi definir seu estilo com uns 60 anos, quando escreveu Memorial de um Convento. Clarisse Lispector, no entanto, já começou a definir seu estilo no seu primeiro livro “Coração Selvagem”.
Os exemplos são os mais diversificados possíveis. Não há como generalizar como funciona um trabalho de escritor. Gostaria de saber o que ensinam nessas escolas de escritores. Como é possível alguém ensinar alguém a ser escritor? A beleza dessa arte está justamente na diversidade de caminhos que cada um escolhe para escrever. Essa caminhada solitária e autodidata. Nós mesmos somos alunos e professores nessa paixão.
Beijos!
Raquel
Hoje resolvi inverter um pouco a ordem das minhas tarefas. Tomei meu café da manhã e já vim direto escrever. Tem dias, que mesmo de férias, não arrumo tempo para escrever durante o dia, tantos são os afazeres extras que me arrumo. Está certo que estou dando aulas particulares e com elas não parei. É uma maneira de assentar meus sentidos e me concentrar em ficar mais em casa e escrever o meu livro.
Apesar de ser escritora, não sou uma pessoa caseira. Adoro viajar e contemplar lugares novos. O que é velho me aborrece. No entanto, quando se propõe a escrever, é necessário enfrentar as coisas velhas, a monotonia, a solidão.
De repente, eu olho o dia luminoso da minha janela (o que não é o caso de hoje) e não estou lá para curti-lo e sim sentada numa escrivaninha trabalhando, por livre e espontânea vontade, sem remuneração, e sem garantias de que o escrito sairá bom. Pode ser que o apague depois, embora ache que na escrita, nada é perdido e o que não deu certo serviu de exercício.
Por um acaso o músico não precisa treinar seu instrumento todos os dias? E nem todos os dias o músico compõe uma música nova. E nem todos os dias ele se sai bem. Mas a junção desse treinamento é que faz um músico bom. A mesma coisa se dá com um escritor.
Se escreve, escreve. E nem todos os dias se escreve o que há de melhor. Mas tudo serve como aprendizado e construção. Saramago, por exemplo, só foi definir seu estilo com uns 60 anos, quando escreveu Memorial de um Convento. Clarisse Lispector, no entanto, já começou a definir seu estilo no seu primeiro livro “Coração Selvagem”.
Os exemplos são os mais diversificados possíveis. Não há como generalizar como funciona um trabalho de escritor. Gostaria de saber o que ensinam nessas escolas de escritores. Como é possível alguém ensinar alguém a ser escritor? A beleza dessa arte está justamente na diversidade de caminhos que cada um escolhe para escrever. Essa caminhada solitária e autodidata. Nós mesmos somos alunos e professores nessa paixão.
Beijos!
Raquel
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