Quem sou eu

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Sou escritora e uso do artifício de escrever para depurar pensamentos e sonhos. Sou uma leitora apaixonada, curto assistir a filmes e séries e ir ao teatro. Tenho dois livros publicados: "A ilha e a menina" e "Livremente Mara".

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

Ler faz toda a diferença!





Hoje foi um dia muito especial. Sabe aqueles dias em que a gente vai dormir e conclui: hoje a minha missão está cumprida! É assim que eu me sinto. Esse sentimento me vem todas as vezes que faço algo em prol de incentivar a leitura. Na minha opinião, não tem realização mais prazerosa do que esta. Como acredito realmente que ler faz toda a diferença, espalhar essa ideia para o mundo é o que me faz feliz. Hoje dei uma palestra na URCA – Poços de Caldas e foi magnífico. Os jovens ouviram interessados minhas dicas de como se interessar mais pela leitura de qualidade. Também foram distribuídos gratuitamente livros de minha autoria: Livremente Mara (Edições Alba: 2010) e A ilha e a Menina(Editora Sul Minas: 2012). Depois da palestra, contei pela primeira vez a história infantojuvenil “A ilha e a menina”. Realmente, vou levar esta tarde sempre no meu coração! 
                                                    Tradutora de Libras na palestra
                         Distribuição gratuita do livro LIVREMENTE MARA - Raquel de Souza



                                          Jovens motivados com a leitura depois da palestra.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Amizade Virtual – quem ainda não tem?




Hoje eu tive um momento ótimo, com uma companhia agradabilíssima. Rimos até ficar cansados, dançamos, falamos sobre sexo, cultura ao arredor do mundo, família, sonhos, guerras, festas, passando de um assunto para outro sem regras, limites.  Não havia vinho ou cerveja para alavancar os ânimos, mas estávamos felizes. Também, nas altas horas de uma tarde de sexta-feira, ainda não chegou a hora de dar aquela relaxada, se é que vai chegar essa hora por aqui hoje. Sim, hoje, nesta tarde agradável de sexta-feira, me diverti muito mais do que muitas vezes que já fui a barzinhos e enchi a cara com companhias que eram mais vazias que os copos que a gente sugava vorazmente. Aí entendi uma coisa: não importa que horas são, o que realmente conta, é qual a sua companhia. É muito bom encontrar pessoas que acrescentam, que nos fazem aprender e divertir ao mesmo tempo. Eu passei um tempo sem ter essas pessoas, esses anjos por perto e a minha vida ficou, em dois tempos, sem sentido.  O mais curioso dessa história é que essa pessoa com quem passei esta tarde maravilhosa eu ainda não conheço pessoalmente. Mora lá do outro lado do mundo e nem em português a gente fala. Falamos a língua dos gringos que nem é a língua materna dele também. Assim, entendi uma coisa: não tem problema se você conhece uma pessoa ou não pessoalmente. Esse papo de que as relações na internet são superficiais é mero preconceito. Pode haver no mundo virtual relações sadias, de amizade verdadeira, com muito mais qualidade, aliás, que as amizades convencionais, aquelas que a gente se relaciona cara a cara. Alguém pode simplesmente dizer “coitada, passou a tarde com um sujeito do outro lado da Terra, sendo que poderia ter se dedicado à relações convencionais.” Mas há de se convir que os encontros que a internet proporciona, só ela faz isso. Onde poderia encontrar esta pessoa tão linda? De tão longe? A internet diminuiu a distância e com isso, modificou o meio como as pessoas se relacionam, mas não o modo. Gostamos do mesmo jeito, rimos e nos divertimos da mesma maneira. Sentimos saudade do toque, da convivência, do cheiro, afinal nós sabemos que seria perfeito se estivéssemos juntos no tempo e lugar. No entanto, a qualidade do tempo que se passa com a pessoa, sendo virtualmente ou não, é o que conta. Não adianta nada ficar fixado na ideia de que somente relações convencionais funcionam se essas relações não têm qualidade. O importante, minha gente, é fazer dos encontros a realização de um milagre, o milagre de ser mais feliz, de aprender, de abrir a mente para coisas novas e abandonar de uma vez por todas o senso comum com seus conceitos primitivos do que é a felicidade.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O ADEUS À MULHER SELVAGEM




Estou lendo um livro francês, se chama O ADEUS À MULHER SELVAGEM. É uma história que acontece em plena guerra, quando os alemães estão sofrendo represália. No meio de toda aquela loucura, Joana, a principal personagem, com apenas doze anos, tem que ir para outro país, pois sua mãe enlouqueceu devido às experiências horrorosas que teve que passar. Assim, a mãe, estando em uma casa de repouso, Joana sai para passear com o amigo de seu pai, agora tutor da menina. Eles vão visitar a cidade e é um lugar fantástico. Então ele diz que vai contar a história de um pássaro. Quando ele estava fazendo escavações, pois era arqueólogo, todos os dias, certa hora da tarde, aparecia um pássaro lindíssimo e ficava a olhar o homem. Depois de um tempo, ia embora. Ele ficou tão encantado com as aparições da ave, que resolveu trazer um amigo para presenciar a cena um dia. No entanto, neste dia o pássaro não veio. Mas, continuou a aparecer das outras vezes, quando ele estava sozinho. Certo dia, ele chegou bem perto do pássaro e a ave se deixou tocar. Depois disso, levantou voo e nunca mais apareceu. No entanto, quando ele foi ver as marcas dos pés do pássaro para constatar se ele era realmente real, viu suas marcas no chão. Numa língua estranha, antiga, daquelas que ele conhecia, decifrou que ali não estava apenas as marcas de um pássaro, mas uma mensagem. Decifrando-a, ele traduziu como ALEGRIA. Depois disso, ele realmente experimentou uma felicidade tamanha, uma mocinha de uns quinze anos vinha rodeá-lo e conversar com ele todos os dias. Ele gostava dela, mas nunca chegaram a se tocar, mas mesmo assim, até hoje, já velho, lembra daqueles dias e da presença da moça como uma alegria, a própria previsão do pássaro. Joana discorda e fala que o gostar nunca pode ser concretizado sem toques, mas o velho entendeu que mais valia o sentimento, a sutileza do que o próprio toque em si.
                Neste tempo em que tudo tem que ser para ontem, ler uma história dessas nos faz entender que não importa se o amor não se concretiza, mas que o que mais vale, é a ALEGRIA de gostar de alguém, a nobreza de sentimentos, a amizade. Isto permanece!