Eu queria, de vez em quando, fazer realizar umas coisas que
eu imagino. E que desse certo. Que a minha expectativa ajudasse a concretizar
alguns feitos. Quando as empreitadas dependem apenas de mim, na maioria das
vezes não me decepciono. Mas quando se trata de fazer concretizar algo que
dependo das escolhas dos outros, aí tem sido difícil coincidir o que espero com
o que realmente acontece. Será que ando esperando demais das pessoas? Será que
ando dando crédito demais para quem desconfia da minha pessoa, da minha
hombridade só porque um dia fui sincera demais? Não tenho como saber, meus dons
não vão muito além dos cinco sentidos, não sei entrar muito bem na
subjetividade do outro. Ou talvez são os outros que não conseguem ver
claramente o que quero. Ou talvez até saibam, mas não dão a mínima. Cada um com
seus problemas, não é? Bom, o fato é que às vezes fico solitária, achando que
estou isolada em uma ilha em um mar que ninguém conhece. Mesmo assim, peço
socorro: “Alô, alô, marciano, aqui quem fala é da Terra...” Quem sabe consigo
um contato, quem sabe alguém me reconhece!
Quem sou eu
- Raquel de Souza
- Sou escritora e uso do artifício de escrever para depurar pensamentos e sonhos. Sou uma leitora apaixonada, curto assistir a filmes e séries e ir ao teatro. Tenho dois livros publicados: "A ilha e a menina" e "Livremente Mara".
sábado, 30 de maio de 2015
quinta-feira, 28 de maio de 2015
Poesia do meu dia
Voltando para casa, me deparei com muitas folhas amarelas se
digladiando alegremente no chão. Percebi que já não estou tão desanimada. Quando
começo a ver a poesia do meu dia, a vida começa a melhorar. Ontem foi um dia
difícil, daqueles em que a gente fica se perguntando se fez a escolha certa, se
todo o preço do meu esforço diário está realmente valendo a pena. Fui chorar as
mágoas na casa de minha amiga (o que seria da gente sem nossas amigas?). Entre
uma comida e outra, muita conversa, a vida vai ficando melhor. Os fantasmas vão
ficando menos assustadores e conseguimos enfrentá-los com mais coragem. Tem
hora que dá vontade desistir, tentar outra empreitada. Mas uma vez feita uma
escolha, como diz a minha amiga, tem que fazer dar certo.
terça-feira, 19 de maio de 2015
A Índia que Rudra Das trouxe para nós
Retornei de minha segunda aula de yoga. Confesso que é uma
experiência incrível, diferente mesmo até de outras aulas de yoga que já tive
antes. O professor, o Rudra Das ficou sete anos na Índia e na sala dele, ele
trouxe um pouco daquele ar exótico do país. Quando entro naquele recinto, me
sinto transportada para a Índia, para um mundo em que as pessoas relaxam pelo
menos uma vez por dia, fecham os olhos e meditam, sentem prazer de viver só o
momento presente, sem passado, sem futuro, só o alívio do agora, da nossa saúde
boa e da nossa abençoada ausência de dor.Transfiro-me para um mundo mais lento,
onde não é preciso ficar tantas horas sentada, em que não é necessário dissecar
assuntos desconhecidos em busca de uma vida melhor. Quando entro naquela sala,
meus problemas passam na minha mente como invasoras mal-vindas. O que vocês
estão fazendo aqui na minha aula de yoga? Não. Aqui na aula do Rudra somente
vim buscar paz e algum equilíbrio para não fazer feio nos exercícios. Enquanto
sou iniciante, vou fazendo o que consigo e saio de lá respirando o ar da Índia,
ouvindo os sons doces e calmos, com certeza que a minha vida já melhorou. Quando
fecho os olhos e entro dentro de mim, encontro a minha Parságada e finalmente
me sinto amiga do rei.
Assinar:
Postagens (Atom)