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Sou escritora e uso do artifício de escrever para depurar pensamentos e sonhos. Sou uma leitora apaixonada, curto assistir a filmes e séries e ir ao teatro. Tenho dois livros publicados: "A ilha e a menina" e "Livremente Mara".

sábado, 30 de maio de 2015

Alô, alô, marciano, aqui quem fala é da Terra...


Eu queria, de vez em quando, fazer realizar umas coisas que eu imagino. E que desse certo. Que a minha expectativa ajudasse a concretizar alguns feitos. Quando as empreitadas dependem apenas de mim, na maioria das vezes não me decepciono. Mas quando se trata de fazer concretizar algo que dependo das escolhas dos outros, aí tem sido difícil coincidir o que espero com o que realmente acontece. Será que ando esperando demais das pessoas? Será que ando dando crédito demais para quem desconfia da minha pessoa, da minha hombridade só porque um dia fui sincera demais? Não tenho como saber, meus dons não vão muito além dos cinco sentidos, não sei entrar muito bem na subjetividade do outro. Ou talvez são os outros que não conseguem ver claramente o que quero. Ou talvez até saibam, mas não dão a mínima. Cada um com seus problemas, não é? Bom, o fato é que às vezes fico solitária, achando que estou isolada em uma ilha em um mar que ninguém conhece. Mesmo assim, peço socorro: “Alô, alô, marciano, aqui quem fala é da Terra...” Quem sabe consigo um contato, quem sabe alguém me reconhece!

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