O desprezo alheio não é algo que posso controlar. Hoje senti nas minhas entranhas esse gosto amargo de quando pessoas não te querem na vida deles. Mas pensei um pouco e decidi que esse não é um sentimento meu. São das pessoas. Dessa forma, não tenho que carregar essa tristeza comigo. Resolvi que vou perdoar e respeitar por inteiro a decisão de se afastar de mim. Fiz uma oração e desejei tudo de bom para esses que ainda são muito queridos por mim. Mas resolvi seguir a minha viagem sem rancores, a vida já está por demais assustadora para me delongar com firulas. Aproveito e faço desses pequenos conflitos o meu provimento para voltar a escrever, tornar eventos incômodos em situações para ruminar em forma de palavras o que sinto. É bom concentrar nas minhas vísceras, neste tempo que se sai à ruas e todos estão mascarados, encostar em alguém pode ser um perigo mortal. Na televisão, passa diariamente o número de mortos, sempre aumentando aos milhares ao redor do mundo e aqui. Eu encerro na minha casa, com uma saudade insaciável de ter gente por perto, mas daquela saudade de se encontrar pessoas e jamais vincular esse fato com doença ou morte. Que falta me faz sair de casa, viajar ou até mesmo sonhar com isto! Assim, voltar-me para mim, para esses pequenos embarrancos me faz como que esquecer dessa maluquice em que vivemos nesta pandemia do Covid-19.
Abraços!
Parabéns, Raquel seus textos são cativantes.
ResponderExcluirObrigada, Marcos!!! Fico muito feliz por gostar do meu trabalho!
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