Quem sou eu

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Sou escritora e uso do artifício de escrever para depurar pensamentos e sonhos. Sou uma leitora apaixonada, curto assistir a filmes e séries e ir ao teatro. Tenho dois livros publicados: "A ilha e a menina" e "Livremente Mara".

domingo, 13 de maio de 2012

Novamente ao mundo da escrita! Já era tempo!

A névoa desceu pela cidade encobrindo-a. Apenas algumas luzes teimam a aparecer embassadas, maiores do que são. Tudo leva ao recolhimento, à solidão. Não daquelas solidões que nos deixam desoladas, que isso não é bem solidão e sim carência. Mas estou falando da solidão necessária, aquele tempo que temos que ter conosco para curtir a nossa companhia. E é sempre nessa solidão que consigo escrever. É quando a minha alma está mais recolhida. Isso não quer dizer que apenas vamos escrever quando estamos em paz e a vida está perfeita. Muito pelo contrário: a arte sai das reflexões intensas, das grandes contradições do sentir e realizar. Apenas acredito que o escrever necessita de recolhimento. É como um praticante de meditação. É preciso reservar um tempo só para escrever e nesse tempo, nada deve interferir. Fico pensando que fazemos tantas atividades durante o dia, mas é tão custoso parar por um tempo para escrever. Chegamos no trabalho pontualmente, entregamos todos os papéis na data prevista, pagamos as contas no dia certo, mas porque deixamos de escrever? Por que perdemos o fio da meada? A escrita deve ser encarada como um compromisso na nossa vida. Só que eu já percebi que eu não funciono assim. Sendo a arte da escrita uma expressão do belo, eu tenho que estar admirando o ato de escrever. Pode parecer um sentimento imaturo, eu sei, mas é como encaro os grandes períodos de não retomo meu romance, por exemplo. Há outros motivos e um deles é o fato de que a história entrou em caminhos dolorosos emocionalmente. Outro motivo é a falta de tempo. Preciso arranjar mais tempo no meu dia para escrever. A minha nova rotina me consome, mesmo assim preciso arrumar uma maneira de me dedicar à escrita. Já estou me adaptando à nova vida, estou me achando aos poucos, retomando as amizades, rindo, convivendo. Agora é preciso voltar a escrever. Meu livro "A ilha e a menina" vai ser publicado no final do ano. Hoje já comecei a dar andamento no projeto. Isso fez muito bem para mim. É muito bom saber que estou ingressando novamente ao mundo da escrita. Já era tempo. Me sinto muito realizada assim. É o que melhor sei fazer no mundo: escrever.

Beijo a todos!

terça-feira, 1 de maio de 2012

Festa às mudanças!

Quando chega a noite acampanhada da sua calmaria, das coisas que já foram encerradas, inicia-se a hora de centrar em mim, no que experimento de minha existência, nos pensamentos que são advindos dessa percepção. Ainda, mesmo depois de algum tempo de mudanças, estou tentando me localizar, extrair o que há de individual, autêntico em mim. É possível sair imune mesmo depois que a vida da gente passar por uma revolução? Acredito que meu eu está sendo atingido. E isso atiça a minha curiosidade em redescobrir quem eu sou, agora que tenho uma pessoa para ser a testemunha das minhas experiências, que compartilha comigo os momentos importantes e corriqueiros da vida. Digo que é preciso ter coragem para tem um cúmplice e, ao mesmo tempo, é uma coisa linda. Até a minha escrita, creio que muda. Não o estilo, mas a alma daquilo que escrevemos e nem temos consciência do que se trata. As mudanças da vida afetam a nossa arte. Ainda bem! Não desprezando o que já produzi, mas festejando novas aparições.

Abraços!