Quem sou eu

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Sou escritora e uso do artifício de escrever para depurar pensamentos e sonhos. Sou uma leitora apaixonada, curto assistir a filmes e séries e ir ao teatro. Tenho dois livros publicados: "A ilha e a menina" e "Livremente Mara".

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

O DIVÓRCIO

Quando casamos há a alegria da festa, os amigos, os parentes. Se assina os documentos em meio a sorrisos e elegâncias. No divórcio, a maquiagem é caseira, a roupa é simples e a assinatura silenciosa. Não há nada que comemorar, duas pessoas que viviam juntas, eram companheiras, ou assim se esperava que fosse, se separam de vez, a assinatura corta o laço e fica o olhar vazio, o abraço frio e só...



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

A importância de um diário

Eu em Baltimore - USA em 2005- cidade linda!
Sempre tive loucura por diários, tenho cadernos e mais cadernos escritos. Mesmo assim, a minha coleção era bem maior, vindo a ser reduzida para mais da metade em um momento de crise. É que resolvi queimar as minhas memórias para não sofrer mais. Selecionei todo um arsenal de relatos tristes da minha vida e toquei fogo em tudo. Até poesias descartei. Depois joguei as cinzas nas águas de um rio. No entanto, o que eu nem sabia, é que existiam outros cadernos em outra casa e esses foram preservados. Hoje, querendo achar respostas, fui procurar nos diários e foi uma surpresa encontrar exatamente o que queria. Se eu tivesse com esse diário que achei em mãos no dia da grande fogueira, ele seria o primeiro a ser queimado, mas me lembro muito bem que esse caderno só foi encontrado muito tempo depois, oculto dentro de uma pasta. Era lá que estavam duas respostas para o meu presente. Era lá naquele tempo que escrevi aqueles fatos que se começou a construir duas questões de muita importância de minha vida hoje. Além de tudo, percebi que Deus sempre esteve comigo, dizendo sempre as mesmas coisas como "Buscai primeiramente o Reino dos Céus e as outras coisas lhe serão acrescentadas". As mensagens eram as mesmas desde aquele tempo, aliás, sempre foram, desde o meu nascimento. Só depois, só agora é que fui entender de vez. Fiz as pazes com Deus. Diário é bom para isso, para despertar a memória e ter a certeza que os acontecimentos do passado não foram por um acaso, mas que fizeram parte dos seres em construção que somos. As pessoas e fatos acontecidos são tijolos de um grande monumento. Alguns ficam ocultos para todo o sempre, outros vão estar sempre à vista e alguns aparecem naquele momento em que as paredes racham, caem e é preciso reconstruí-las com materiais novos. 

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Por entre sonhos e fantasias de Carnaval


Gabriela entrou na loja de fantasias para compreender a sua confusão. Quem sabe ao tocar plumas, imaginar figurinos eu consiga entender o que aconteceu. Relacionamento desfeito, como ocorreu tudo isso? Encontrar o chão repleto de brilho, as paredes cobertas de tules, perucas e serpentinas. Carnaval chegando, mas não quero dançar. Queria entender e mergulhada na emoção, derramou algumas lágrimas. Como alguém pode chorar num lugar desses – pensou o vendedor da loja – gente estranha! Enxugou cuidadosamente o rosto e verificou a maquiagem levemente atrapalhada. Preciso sair daqui! Encontrou a rua luminosa, quente e percebeu que seu passado com Eduardo tinha sido tão colorido, salpicado de muitos sonhos, como podia? Havia amor, sempre haveria amor, nem que fosse amor de irmão. Mirou o sol e ficou cega por alguns instantes, o coração aos pulos. Aos poucos os olhos dela definiram outro corpo, outro beijo e sentiu que tinha acordado. Esfregou os olhos e abriu a janela para paisagens que, surpreendentemente, já eram suas conhecidas.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Mesmo que me prendam, a escrita me liberta!


Eu gostaria de ficar escrevendo por séculos sobre liberdade, sobre a vontade incrível que me dá de me estirar ao sol, lagarteando como um réptil satisfeito depois de um longo período chuvoso. Mas estou temporariamente reclusa, envolta a papéis e números, conhecimentos adquiridos em nome de outras razões que não o próprio conteúdo.
Eu gostaria de escrever sobre a fugacidade e magia das paixões, que aparecem sem plano, cobrindo os dias de uma beleza anormal. Suspiro aliviada porque a gastura dos tempos não me arrancou o colorido e continuo risonha como sempre fui, como nunca deveria ter um dia deixado de ser.

domingo, 2 de fevereiro de 2014

E agora o meu dia-a-dia é no meio da gataria - Saltimbancos

Hoje pensei muito na minha gata Maribel, que saudades! Ela me ensinou que o amor pode ser maior que a vontade ficar perto, e que a felicidade mora nos momentos que compartilhamos com quem nos é querido.

Maribel, sinônimo do que é livre e singelo! Sempre te amarei.