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Sou escritora e uso do artifício de escrever para depurar pensamentos e sonhos. Sou uma leitora apaixonada, curto assistir a filmes e séries e ir ao teatro. Tenho dois livros publicados: "A ilha e a menina" e "Livremente Mara".

sábado, 8 de março de 2014

Mara mais de 30

Mara fechou os olhos e acordou com mais de trinta anos. Quantas coisas tinham mudado, já não era mais aquela menina inconsequente, tinha responsabilidades, tivera uma filha... Quanto tempo havia passado, quantas experiências. Agora estava ali, chorando por amor. Se sentiu completa e feliz, lembrou do alívio que sentia quando cortava o dedo com a faca ao picar cebola. O sangue brotava vermelho e ela, suspirava de prazer porque aquele vermelho significava que estava viva. Agora as lágrimas jorravam sem controle dos olhos, amor já passado. Com os olhos vermelhos, constatou que ainda tinha coração e que ele pulsava, que ainda era capaz de amar, apaixonar-se. E mesmo que tivesse sido um erro gostar de alguém assim tão de repente, ela agradeceu porque aquilo significava estar viva e jovem. Sorriu para o espelho e entendeu que não sabia de nada, que ao futuro restavam-lhe surpresas. A vida era bem maior e mais rica que a própria ideia de Mara. Era esperar e galgar sempre dias melhores. 

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