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Sou escritora e uso do artifício de escrever para depurar pensamentos e sonhos. Sou uma leitora apaixonada, curto assistir a filmes e séries e ir ao teatro. Tenho dois livros publicados: "A ilha e a menina" e "Livremente Mara".

segunda-feira, 20 de junho de 2016

Aquilo que não me destrói, me fortalece

Quando se faz uma escolha, somos inocentes, achamos que logo logo a vida se assenta. Mas, às vezes, é difícil encaixar o trem na linha novamente. O tempo vai passando e tudo que temos é uma fé,  e quando ela não existe mais, rezamos para resgatá-la. Não está fácil engolir o dia hoje.  Eu sei que nem é bom compartilhar esses sentimentos ruins com os meus possíveis leitores. Hoje em dia, o povo só está querendo ler coisas estimulantes. No entanto, dá um certo conforto saber que – quando admitimos que sofremos - não é apenas nós que sentimos dor, que caímos, que fracassamos. Faz parte da vida também perder.  Assisti a um filme muito bonito esses dias, chama-se "A Sorte do Vinicultor". Um camponês queria ir além dos vinhos ordinários que produzia com o pai e produzir vinhos de qualidade, especiais. Todavia, na vida dele não dava nada certo, até que ele avistou um anjo em carne, osso e asas. Todo ano eles se encontravam. Muita coisa deu errado nesse tempo e um dia o camponês lamentou e perguntou o por quê daquele sofrimento todo. Então o anjo disse que, na vida, para ela ter sentido, precisamos da tristeza e da alegria, e que não dá para se produzir um vinho bom sem ter produzido um tanto de vinho ruim. E que tudo que se sente, se vive, passa para o sabor da bebida. É claro que, depois de muita persistência, a vida dele melhora e ele passa a produzir vinhos de alta qualidade. Daí eu tirei uma lição, que para vencermos, é preciso engolir um monte de fel e ter paciência. Isso vai nos dando estrutura, vai nos fortalecendo. E como já dizia Nietzsche "Aquilo que não me destrói, me fortalece."

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