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Sou escritora e uso do artifício de escrever para depurar pensamentos e sonhos. Sou uma leitora apaixonada, curto assistir a filmes e séries e ir ao teatro. Tenho dois livros publicados: "A ilha e a menina" e "Livremente Mara".

terça-feira, 2 de janeiro de 2018

Insônia e Pesadelo



Esta noite, tive uma insônia brava, fiquei com os olhos saltados, esperando a manhã chegar. Havia certa melancolia nas gotas da chuva que chocavam o telhado intermitentemente. Geralmente, a chuvinha ajuda a aprofundar ainda mais o sono, a preguiça. Fechei os olhos e logo fui transportada para uma conferência de políticos, uma votação mal lograda, que sem tempo em que eu pudesse protestar, a sala toda foi tomada por uma fumaça que brotava do chão. Desesperada, fugi de lá. Ao me virar, percebi que era a única pessoa que ainda se encontrava naquele recinto. Objetos sacros estavam por todo canto, parecia uma igreja. Ao chegar na porta, eu já sabia que estava num sonho e que não poderia abrir a maçaneta da porta. Teria que passar por ela. Odeio essa sensação de estar voando, ter um controle suposto de onde vou no sonho. Isso me amedronta profundamente. Me livrei da sala enfumaçada e fui parar numa torre imensa, tão alta que nunca se chegava no teto. Quando avistei o telhado, já quase no mesmo instante, estava livre, flutuando na noite. Mas havia seres andando quando desci, uns seres maiores que eu, como que fossem de tijolo. Um deles começou a me perseguir e fiquei com tanto medo que acordei gritando.
Decidi pegar um livro e ler ao invés de voltar a dormir. Mas o sono me pegou novamente e agora lá estava eu vendo um cachorro agonizar na rua. Pensei que o certo seria acabar de matá-lo para abreviar o seu sofrimento, mas eu nem saberia fazer tal coisa. Encontrei uma amiga que queria se casar e escolheu um vestido de noiva num brechó. Só que a noiva que iria casar com aquele vestido, morreu antes do casamento. Ela me pediu para ir buscar o vestido e, chegando na loja, coisas estranhas começaram a acontecer, objetos foram atirados, e coisas ficaram tremelicando. Saí correndo dali. Fui parar num espaço de yoga, minha prima não olhou para mim. Pensei, essa praga virou uma demônia e comecei a chorar, me sentindo um lixo, ofendida com a atitude dela. Depois, veio uma tia minha falar qualquer vantagem. Eu fiquei ali, triste. Mas aí veio o meu professor de yoga e mais uns amigos, e fizeram um ritual para eu melhorar. Aí fui visitar o espaço, que estava diferente, maior do que é, na verdade. Acordei. Quase na hora do despertador tocar. Esses sonhos mais cansam que descansam. Resolvi tirar mais um cochilo e levantar de vez, seguir o dia.
E uma das coisas que resolvi fazer, nesta longa noite acordada, temperada com pesadelos, foi voltar a escrever no meu blog. Basta de sacrifícios, ficar sem escrever esse tempo todo foi um suplício, não vale a pena deixar de ser quem eu sou para perseguir o meu sustento. Sei que ele vai vir de uma forma ou de outra. Quem sabe, escrever tire a minha ansiedade, me deixe mais feliz. Quem sabe, quem sabe...

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