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Sou escritora e uso do artifício de escrever para depurar pensamentos e sonhos. Sou uma leitora apaixonada, curto assistir a filmes e séries e ir ao teatro. Tenho dois livros publicados: "A ilha e a menina" e "Livremente Mara".

domingo, 7 de outubro de 2018

Somo livres


Para mim, o que foi significante nestas eleições foi ter sentado com a minha família e ter decidido o voto, ter colocado os números no papel. Pai foi de direita, mãe foi centro-direita e eu, centro sem lá o quê. Decidimos. Sem ofensas reais. Alguém mencionou que deveriam cassar o direito de voto de alguns, onde já se viu votar em tal candidato! Ou tal partido! Mas cada um colocou sua relação de números na carteira e foi votar hoje, um dia frio e nublado. Saí do compartimento da urna com a sensação de dever cumprido, embora os candidatos não sejam lá aquelas coisas. Votei por muitas razões, nem sempre pela honestidade. Votei porque queria coisa nova, votei porque queria justiça, votei porque quero ser mais valorizada como mulher. Não fui fiel a partido, foi uma miscelânea só. Alguns votos foram estratégicos, outros foram por escolhas reais. Foi a primeira vez que isto aconteceu na minha vida. Acho que, embora o “odiado” possa ser o vencedor dessa batalha, acho que esse resultado vai ser fruto de um grito da população de que almejamos o básico. Ainda estamos buscando emprego, segurança, e o mais básico: comida. Seja lá qual for o resultado, o nosso povo ainda pede pelo essencial e é preciso respeitar este clamor. Eu clamo por ser respeitada enquanto mulher na sociedade, mas tenho que admitir que esta requisição vem depois das barrigas estarem cheias. Infelizmente é assim. Uma requisição de cada vez e é lamentável que o Brasil ainda esteja no primeiro nível das necessidades: o que dar para a minha família comer no final do dia?

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