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Sou escritora e uso do artifício de escrever para depurar pensamentos e sonhos. Sou uma leitora apaixonada, curto assistir a filmes e séries e ir ao teatro. Tenho dois livros publicados: "A ilha e a menina" e "Livremente Mara".

segunda-feira, 27 de abril de 2015

Chatice Padrão Europeu


Hoje tive que fazer uma pequena viagem com um grupo em uma van. Iríamos fazer um trabalho em outra cidade, uma tarefa que nos exige uma concentração toda especial. Chegando ao local, aquela grama linda, eu já fiz a minha mochila de travesseiro debaixo de uma sombrinha fresca e lá me deitei esticadona para esperar dar a hora de começar a empreitada. O povo ao redor cheio de não-me-toques. Já eu, no entanto, fiz do lugar a minha casa. Li os meus textos sagrados, fiz a minha oração e lá fui eu. O trabalho iria sair perfeito. No meio do caminho, na procura da minha sala, eis que encontro um rapaz em posição de meditação budista lá, num mundo bem melhor. Pensei comigo: esse cara é que está certo! Está praticando as sua técnicas para receber e dar o melhor de si na labuta. Não hesitei. Dali a pouco, sentei na minha cadeira, me coloquei em posição de meditação e fiz a minha. Quando abri os olhos, vi que uma moça me olhava com os olhos divertidos. Não liguei, devem ter reparado no rapaz zen lá fora também. Fiz o que precisava, as pessoas não estão acostumadas com quem sai um pouco do padrão. Na van, na volta, coloquei um pingo de perfume. Já foi o suficiente para reclamarem. É assim, ninguém está tolerando diferença alguma e um desconforto qualquer já é motivo de chatice, chatice padrão europeu. Não estou desdenhando dos europeus, na verdade, conheço bem poucos e quem conheço não tem nada de chato. Mas é que uma amiga soltou uma que tenho que compartilhar. Ela desabafou que eu sou a única pessoa que gosta de filme europeu e que não é chata. Aí achei que o título deste escrito valeria este nome.


Beijo a todos!

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